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Treinamentos geram resultados, ou não PULSEIRA 2/3

Quando converso com as empresas a respeito do tema, procuro antes de tudo entender o cenário e o perfil das pessoas envolvidas. Pergunto logo quais são os objetivos de treinar tais colaboradores.

Escuto coisas como por exemplo, melhorar a forma de atender os clientes e vender mais e melhor, ou melhorar a forma de gerir equipes.

A razão de realizar o treinamento é melhorar as habilidades comerciais do time e quem participar, vai conseguir mais vendas, melhores resultados. Nossos objetivos quantitativos são esses e nossos objetivos qualitativos são esses. Vamos medir assim...

Olhando os pontos acima, podemos dizer que essa afirmação atenderia ao item certo?

Atenderia também o item, porque o conteúdo do treinamento de vendas por exemplo, vai ensinar a negociar melhor, usando argumentos mais convincentes e levando a ao atingimento de melhores resultados. Assim elas serão mais valorizadas e talvez ganhem mais bônus.

O item, vou deixar para outro momento, porque na minha cabeça, alguém só pode treinar um time se realmente souber sobre o que está falando. Parece óbvio, mas o mundo nem sempre é assim... pena.

E chegamos ao item, que considero o diferencial para o sucesso ou fracasso dos treinamentos.

Treinamento não é um show! Treinamento não é palestra! Não é apenas um cara carismático falando bonito! Treinamento não pode ser uma ação separada da estratégia das empresas. Realizar um workshop, falar bonito, fazer a galera dar umas risadas e quem sabe até chorar um pouco, não vai trazer mais resultados.

Treinamento tem que ter sequência e consistência. E pra isso deve ter um ou mais patrocinadores internos que possam fazer as coisas serem aplicadas e continuar treinando. Essa continuidade que fará a diferença, com cobranças e ajustes, até as pessoas comecem a implementar o que aprenderam. Até que surjam novos hábitos ligados a esse treinamento.

Treinar é repetir, repetir e repetir até formar um novo hábito.

Aí que o bicho pega!

Muitos líderes acham que realizar um bom workshop resolve o assunto. Pensam assim: "Tirei a equipe do campo 1 ou 2 dias para esse treinamento! Tem que dar resultado imediato. Não podemos mais perder tempo com isso."

Imediatamente! Deu pau no 4º item!

As empresas pregam que acreditam nos treinamentos, mas acham que eles têm que ser mágicos. Treinou, acabou! Quero resultados!

No fundo, todos sabemos que não é assim. Deixar a pressão por resultados rápidos, a pressão do fechamento do mês, tomar conta das discussões faz com que as mudanças, as transformações propostas nos treinamentos morram uma ou duas semanas após a realização.

Criar novos hábitos leva tempo e todos racionalmente sabem disso, mas não admitem.

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Só pra ilustrar o que estou dizendo, no livro “O poder do hábito”, Charles Duhigg diz que pela sua experiência um novo hábito se consolida após uma média de 66 dias ! É uma jornada de mudança que certamente vale a pena!

Mais nem sempre, as empresas praticam o que pregam, em relação ao desenvolvimento de seus colaboradores.

Nem sempre os profissionais de RH tem força suficiente para convencerem os gestores de outras áreas sobre essa jornada de transformação. Alguns até tentam, mas esbarram na impaciência de Diretores que vivem em salas fechadas, com pouco contato com a realidade nua e crua, e muito contato com os Conselhos de Acionistas.

Já viram algo parecido? Imagino que sim!

Para mudar isso é necessário que as empresas realmente busquem implementar uma cultura de aprendizado, valorizando o ativo mais valioso que possuem: as pessoas! Precisam gerar condições para as mudanças.

E essa cultura tem que estar inserida na estratégia da empresa, não apenas nos objetivos anuais de bônus dos gestores. “Fizemos nossa parte! Contratamos o consultor, fizemos o treinamento e pronto. Agora queremos resultados.”

Pena, mas é assim que acontece na maioria das vezes.

E o que pode ser feito para melhorar isso?

Chegamos então no ponto principal dessa nossa conversa: O papel de cada um de vocês quanto participam de um treinamento.

Já treinei milhares de pessoas e tenho orgulho de dizer que muita gente evoluiu independente do que as empresas e seus gestores praticavam. Pessoas que entenderam que precisavam e podiam evoluir. Pessoas que se comprometeram com elas mesmas para alcançar seus objetivos e consequentemente os objetivos das empresas. Tiveram atitude!

E essa atitude não pode depender das ações das empresas!

Taí o pulo do gato!

Por isso resolvi fazer uma curva na minha jornada de consultor e me adaptar, porque estou vendo um novo caminho, uma nova oportunidade. Resolvi focar mais nas pessoas físicas do que nas pessoas jurídicas.

Quem busca evoluir por conta própria, não sendo “obrigado” a fazer um treinamento porque a empresa mandou, certamente vai atender aos 4 pontos fundamentais para o sucesso de um treinamento. Certamente vai ter resultados com esse treinamento.

1º: Sabe a razão de buscar esse treinamento, o que exatamente quer melhorar e onde quer chegar;

2º: Reconhece o valor e a utilidade;

3º: Acredita e confia no treinador;

4º: Vai praticar o que aprender porque realmente acredita que isso trará resultado.

Já ouviram falar que cada profissional deve fazer gestão de sua “própria marca”?

Você é uma “marca”! A sua marca! Agregar valor à você mesmo está em suas mãos!

É uma grande transformação no mercado de treinamentos, que certamente vai gerar profissionais mais preparados, consistentes e resilientes. Ninguém depende mais somente das empresas para se aprimorar. A evolução está ao alcance de todos. Basta querer!

Fiquem atentos às novas oportunidades que a tecnologia trouxe para nossas vidas.

A bola está com vocês!

Tamujuntu! Fui...

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